Lição Encontro Local #40

Encontro Local #40

Esta semana, continuamos o estudo de textos cabalísticos autênticos num grande grupo, particularmente "A Essência da Sabedoria da Cabala" do Rabino Yehuda Leib Ha-Levi Ashlag (Baal HaSulam). Assim como a revisão e prática dos temas aprendidos no Curso Prático num Grupo Cabalístico

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Na primeira parte da reunião local, vamos regressar a:

"A Essência da Sabedoria da Cabala"

Na segunda parte, continuaremos um tema central no "Curso Prático num Grupo Cabalístico" na quarta-feira:

Anulação

Reunião Local

"A Essência da Sabedoria da Cabala"


"A Essência da Sabedoria da Cabalá"

Rav Yehuda Ashlag, Baal HaSulam

Os Termos Corpóreos e os Nomes Físicos nos Livros de Cabala

Qualquer pessoa razoável compreenderá que, ao lidar com assuntos espirituais, e ainda mais com a Divindade, não dispomos de palavras nem letras com as quais contemplar. Isto porque todo o nosso vocabulário não passa de combinações das letras dos nossos sentidos e da nossa imaginação, e como podem estas ajudar onde não existem nem imaginação nem sentidos?
Mesmo se pegarmos na palavra mais subtil que possa ser usada nestes assuntos, por exemplo "luz superior", ou mesmo "luz simples", ela continua a ser imaginária e emprestada da luz solar ou da luz de uma vela, ou da luz do contentamento que se sente ao resolver alguma dúvida. Como podemos usá-las em assuntos espirituais e formas divinas? Elas não oferecem ao examinador mais do que falsidade e engano.
Isto acontece de forma ainda mais premente quando alguém precisa de encontrar algum fundamento nestas palavras para ajudar nos debates habituais na investigação desta sabedoria. Aqui, o sábio deve usar definições rigorosamente precisas para aos olhos dos leitores.
Caso o sábio falhe com uma única palavra mal sucedida, confundirá e induzirá os leitores em erro. Eles não compreenderão nada do que ele diz antes e depois dela, nem  tudo o que estiver relacionado com essa palavra, como é sabido por quem examina os livros de sabedoria.
Assim, devemos perguntar-nos como é possível que os cabalistas usem palavras falsas para explicar as interconexões nesta sabedoria. Também é sabido que não há definição através de um nome falso, pois a mentira não tem pernas nem fundamento.
De facto, aqui devemos primeiro conhecer a "lei da raiz e do ramo" pela qual os mundos se relacionam entre si.


A Lei da Raiz e do Ramo pela Qual os Mundos Estão Relacionados

Os cabalistas descobriram que a forma dos quatro mundos, chamados Atzilut, Beria, Yetzira e Assiya, começando pelo primeiro e mais elevado mundo, chamado Atzilut, até este mundo corpóreo e tangível, chamado Assiya, é exactamente a mesma em cada item e acontecimento. Isto significa que tudo o que surge e acontece no primeiro mundo encontra-se, de forma imutável, no mundo seguinte, abaixo dele. O mesmo acontece em todos os mundos que se seguem, até este mundo tangível.
Não há diferença entre eles, mas apenas uma diferença de nível, percebida na substância dos elementos da realidade em cada mundo. A substância dos elementos da realidade no primeiro, o mais elevado, é mais subtil do que nos mundos abaixo dele. E a substância dos elementos da realidade no segundo mundo é mais densa do que no primeiro, mas mais subtil do que tudo o que está num nível inferior.
Este processo continua de forma semelhante até este mundo diante de nós, cuja substância dos elementos da sua realidade é mais grosseira e mais obscura do que nos mundos que o precedem. No entanto, as formas e os elementos da realidade e todas as suas ocorrências permanecem imutáveis e iguais em todos os mundos, tanto em quantidade como em qualidade.
Compararam-no à conduta de uma chancela e a sua impressão: Todas as formas na chancela são transferidas perfeitamente em cada detalhe e minúcia para o objecto impresso. Assim é com os mundos: Cada mundo inferior é uma impressão do mundo acima dele. Portanto, todas as formas no mundo superior são meticulosamente copiadas, tanto em quantidade como em qualidade, para o mundo inferior.
Assim, não há um elemento da realidade ou um acontecimento da realidade num mundo inferior que não tenha a sua semelhança no mundo acima dele, tão idênticos como duas gotas de água. E estes são chamados “raiz e ramo”. Isso significa que o item no mundo inferior é considerado um ramo do seu modelo existente  no mundo superior, o qual é a raiz do elemento inferior, pois é aí que esse item do mundo inferior, foi impresso e originado.
Essa foi a intenção dos nossos sábios quando disseram: “Não há uma folha de erva abaixo que não tenha a fortuna e um guardião acima que a encoraja e lhe diz: ‘Cresce!’” (Omissões do Zohar, p 251a [fonte em hebraico], Beresheet Rabbah, Capítulo 10). Acontece que a raiz, chamada “fortuna”, obriga-a a crescer e a assumir o seu atributo em quantidade e qualidade, tal como na chancela e na sua impressão. Esta é a lei da raiz e do ramo que se aplica a cada detalhe e a cada ocorrência na realidade, em cada um dos mundos, em relação ao mundo acima dele.


Discussão Aberta

Explique o que entendeu acerca do que aprendemos acerca da precisão e autenticidade?

O que o ajuda a definir seu objetivo em direção ao propósito de estudar Cabala?

Da lição desta semana, o que gostaria de entender mais profundamente?
 


Curso Prático num Grupo Cabalístico - Lição #12

Anulação


Perguntas para o workshop

1) Explique como entendeu o que é anulação de acordo com a sabedoria da Cabalá?

2) O que é importante ao querer anular-se num grupo cabalístico?


Até a próxima semana!